O Museu Militar do Buçaco, da dependência do Museu Militar de Lisboa, é um espaço que resume a ação heróica do exército luso-britânico durante o período da Guerra Peninsular. Peças militares do princípio do século XIX em particular da Batalha do Buçaco.

Aqui se apresenta uma peça de campanha de 9 libras que tomou parte na batalha e respetiva guarnição, evocações em miniatura, peças de armamento, figuras uniformizadas, guiões e medalhas, material e equipamento diversos, gravuras e uma completa maquete mostrando as posições das forças em combate. Em painéis aludindo aos brilhantes feitos de armas praticados, recorda-se com gratidão a coragem e o comportamento determinado de todas as Unidades portuguesas que tomaram parte da Guerra Peninsular (1808-1814). Situa-se num edifício que faz conjunto com a Capela de Nossa Senhora da Vitória e Almas, fundada no século XVIII por Luís Rodrigues e que, durante o período da Batalha do Buçaco, ocorrida a 27 de Setembro de 1810 foi aproveitado para os Frades Carmelitas Descalços do vizinho Convento de Santa Cruz do Buçaco, para ali instalar um hospital de sangue, no qual foram assistidos, independentemente do exército, os muitos feridos de uma das batalhas mais sangrentas da nossa história. Já em 1859, o município da Mealhada, através do seu Presidente Adriano Baptista Ferreira, adquiriu o espaço, já em avançado estado de ruína para ali instalar um memorial àquela que foi a maior, em termos de efetivos, batalha em Portugal e que juntou 110 mil homens com 5000 baixas para o exército francês e 1300 para o exército luso-britânico. Tendo morrido sem concretizar o seu objetivo a justa homenagem viria a concretizar-se apenas no século seguinte, por ocasião do 1º centenário da Batalha do Buçaco, e assim inaugurado a 27 de Setembro de 1910, pelo Rei D. Manuel II. Ampliado em 1962 veio em 2010, no âmbito do bicentenário das Comemorações da Batalha do Buçaco, a sofrer remodelação inaugurada pelo Prof. Doutor Cavaco Silva, então Presidente da República. Além do Museu, podem ainda visitar-se outros monumentos militares como o Obelisco comemorativo da Batalha (1873), o Moinho de Sula, posto de comando do General Craufurd, o posto de comando do General Duque de Wellington, Comandante-em-Chefe do Exército luso-britânico e o Moinho de Moura, posto de comando do General Massena, Comandante das Forças Francesas.