Faro
A primeira notícia referente à construção de uma cerca urbana, em Faro, surge em 1654, por ação do Governador Militar do Algarve, Martim Correia da Silva, que mandou erguer uma cerca exterior composta por cinco baluartes e dois meios baluartes para defender os bairros extra-muralhas de possíveis ataques terrestres, necessário sobretudo pelas possíveis represálias após a Restauração de 1640.
Em 1662 a cerca estava praticamente terminada. Constituía-se numa extensa muralha com cerca de 4 metros de altura em mais de 2.800 metros de comprimento, circundada por fosso. Os baluartes, chegavam a alcançar fogo a 300 metros. O progressivo abandono, aliado à ação devastadora do terramoto de 1755, levaram ao desaparecimento gradual de parte das muralhas e ao enchimento das valas circundantes. Apenas no século XIX, conheceu consolidação, orientada pelo 2º Tenente engenheiro Rufino António de Moraes e continuada pelo Coronel engenheiro António Bernardino Pereira do Lago. Em 1834, no decorrer da guerra entre liberais e Miguelistas, algumas partes da cerca terão preservadas no entanto são poucos os vestígios que chegaram aos nossos dias, como os que se encontram entre a ermida do Pé da Cruz e o Convento de São Francisco. Gradualmente, e com ausência de conflitos e consequente paz alcançada, a cerca foi-se degradando e sendo assimilada ao próprio desenvolvimento urbano da cidade, que até então se mantinha estagnada entre-muros.
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